A história de Branca de neve e os 7 anões
Era uma vez, em um reino distante, uma linda princesa chamada Branca de Neve. Ela tinha cabelos negros como o ébano, lábios vermelhos como o sangue e pele branca como a neve — por isso, ganhou esse nome tão especial.
Sua madrasta, a Rainha Má, era muito vaidosa. Todos os dias, ela perguntava ao seu espelho mágico:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
E o espelho respondia:
— Não, minha rainha. Você é a mais bela.
A Rainha ficava satisfeita… até que, um dia, o espelho disse algo diferente:
— Minha rainha, você é bela, mas Branca de Neve é mil vezes mais!
Cheia de inveja e raiva, a Rainha decidiu se livrar da princesa. Mandou um caçador levá-la para a floresta e… bem, fazer algo muito malvado. Mas o caçador tinha um bom coração e, ao ver Branca de Neve tão doce e assustada, não conseguiu fazer mal a ela.
— Fuja, pequena princesa! Vá para longe, e nunca volte ao castelo! — disse ele.
A cabana na floresta
Branca de Neve correu, correu, até encontrar uma pequena casinha escondida no meio da floresta. Lá dentro, tudo era bem pequeno: as camas, as cadeiras, os pratos… Era tão fofinho!
Cansada, ela arrumou tudo, comeu um pouco de sopa que havia sobrado e adormeceu.
Quando o sol se pôs, sete anõezinhos chegaram do trabalho na mina. Eram:
- Dengoso
- Soneca
- Zangado
- Feliz
- Atchim
- Dunga
- Mestre
Ao verem a moça dormindo, ficaram espantados, mas logo perceberam que ela era gentil e educada. Branca de Neve contou sua história, e os anões disseram:
— Pode ficar aqui com a gente! Mas tome cuidado com estranhos, especialmente com a Rainha Má!
O plano da Rainha
A Rainha descobriu que Branca de Neve ainda estava viva e, furiosa, preparou um plano cruel: transformou-se em uma velhinha vendedora de maçãs e foi até a floresta com uma maçã envenenada.
Quando Branca de Neve abriu a porta, a velhinha ofereceu a maçã:
— Uma maçã vermelhinha para uma moça tão bonita…
Sem desconfiar, Branca de Neve mordeu a fruta e… caiu no chão, em sono profundo.
A Rainha riu e fugiu. Quando os anões voltaram e encontraram Branca de Neve, ficaram de coração partido. Como ela parecia estar apenas dormindo, a colocaram em um caixão de cristal no meio da floresta, cercado de flores.
O beijo de amor verdadeiro
Um dia, um príncipe que havia ouvido falar da beleza e bondade de Branca de Neve passou por ali. Ao vê-la, ficou encantado. Com muito carinho, aproximou-se e lhe deu um beijo de amor verdadeiro.
Como em um passe de mágica, Branca de Neve abriu os olhos! O feitiço da maçã foi quebrado!
Todos comemoraram: os anões, os animais da floresta e, claro, o príncipe.
Ele a convidou para ir com ele ao castelo, e Branca de Neve aceitou. Eles se casaram em uma linda cerimônia e viveram felizes para sempre.
Moral da história
Branca de Neve nos ensina que bondade, pureza de coração e coragem podem vencer até as maiores maldades. Também nos lembra a importância de não confiar em estranhos e de que o amor verdadeiro — seja de amigos ou da família — é mais poderoso do que qualquer feitiço.
A origem da história da Branca de Neve e os Sete Anões
A história da Branca de Neve tem origem no folclore europeu e é considerada um dos contos de fadas mais antigos e populares do mundo. A versão mais conhecida foi registrada pelos Irmãos Grimm, Jacob e Wilhelm Grimm, em 1812, na Alemanha, no livro Contos da Criança e do Lar (Kinder- und Hausmärchen).
Baseada em lendas orais, a história conta sobre uma jovem princesa de pele tão branca quanto a neve, que é perseguida por sua madrasta — uma rainha vaidosa e má, obcecada em ser a mais bela do reino. A jovem encontra abrigo com sete anões que vivem nas montanhas, até que um dia é enganada e envenenada por uma maçã mágica.
O conto foi adaptado várias vezes ao longo dos séculos, mas ganhou fama mundial após a animação da Walt Disney Studios, lançada em 1937. Foi o primeiro longa-metragem de animação da história do cinema, e seu sucesso consolidou a Branca de Neve como um ícone da cultura popular.
A história carrega mensagens sobre inveja, bondade, coragem e esperança, sendo contada até hoje em livros, peças, filmes e adaptações modernas.
