Marcelo, Marmelo, Martelo

Marcelo Marmelo Martelo
Marcelo, Marmelo, Martelo

Marcelo, o Menino das Palavras Malucas

Marcelo era um garoto esperto e muito curioso. Desde pequeno, ele tinha uma paixão diferente das outras crianças: gostava de brincar com palavras. Marcelo ficava horas pensando por que algumas coisas tinham nomes tão estranhos. Um dia, olhando para a mesa, ele perguntou: — Mamãe, por que mesa chama “mesa”? Ela não poderia se chamar “apoiadeira”? Afinal, apoiamos tudo nela! Sua mãe sorriu, achando graça na ideia do filho.

A Grande Confusão

Marcelo começou a inventar nomes novos para tudo ao seu redor. Chamou o relógio de “marcador de tempo”, o lápis de “rabiscador”, a escova de dentes de “limpadora de dentes” e o sapato virou “protetor de pé”. Quanto mais inventava, mais divertido ficava. Mas também criava muita confusão. Certa vez, na escola, ele pediu: — Professora, me empresta o apontador de rabiscador? A professora ficou confusa, sem entender o que ele queria. Foi então que Marcelo mostrou o lápis. — Ah, você quer o apontador! — disse ela, rindo.

Amigos Entram na Brincadeira

No começo, os colegas achavam engraçado, mas confuso. No recreio, Bia disse: — Marcelo, por que você chama a bola de “roladeira”? — Porque ela rola, não é óbvio? — respondeu ele com um grande sorriso. Aos poucos, os amigos começaram a gostar daquela brincadeira. Eles perceberam que era muito divertido criar novos nomes para as coisas. João passou a chamar a mochila de “carregadeira”, Júlia apelidou os livros de “contadores de histórias”, e até a professora entrou na brincadeira chamando o apagador de quadro de “sumidor de giz”.

Um Dia Diferente na Escola

A escola decidiu fazer uma feira de criatividade, e cada aluno deveria apresentar algo que gostasse muito. Marcelo teve uma ideia incrível: apresentar um dicionário maluco com suas próprias palavras. Trabalhou bastante em seu projeto, escreveu e desenhou cada objeto com um nome diferente e engraçado. No dia da apresentação, Marcelo estava um pouco nervoso, mas seus amigos estavam empolgados para ver o resultado.

A Grande Apresentação

Quando chegou sua vez, Marcelo mostrou orgulhoso seu dicionário: — Olá, pessoal! Hoje eu trouxe o meu dicionário maluco. Aqui, o garfo é um “pegador de comida”, o travesseiro é um “apoiador de cabeça”, e o espelho é um “copiador de gente”. Todos começaram a rir e aplaudir as ideias criativas de Marcelo. A professora disse: — Marcelo, você nos ensinou algo muito importante hoje. As palavras são ferramentas poderosas e divertidas, e brincar com elas ajuda a estimular nossa imaginação e criatividade.

Marcelo Aprende uma Importante Lição

Marcelo ficou feliz por todos gostarem das suas invenções, mas também aprendeu algo valioso naquele dia: — É muito legal criar novos nomes e inventar coisas diferentes, mas também é importante conhecermos os nomes certos das coisas para que todos possam se entender. A partir daí, Marcelo continuou brincando com palavras, mas agora tinha dois mundos: o mundo das palavras malucas, que ele adorava inventar, e o mundo das palavras certas, que ele precisava usar para ser compreendido.

E todos na escola concordaram que a criatividade de Marcelo tornou as aulas muito mais divertidas.

Moral da história

A criatividade é maravilhosa e deve ser incentivada, mas também precisamos aprender a importância da comunicação clara para que todos possam se entender bem.

Marcelo Marmelo Martelo

A origem da história de Marcelo, Marmelo, Martelo.

A história “Marcelo, Marmelo, Martelo” é um clássico da literatura infantil brasileira, escrita por Ruth Rocha. Foi publicada originalmente em 1976 e é muito popular até hoje, sendo adotada em muitas escolas.

O livro conta a história de Marcelo, um menino muito curioso e criativo que adora inventar palavras e questionar o significado das coisas. Ele tem uma forma única de ver o mundo e, por isso, acaba provocando reflexões divertidas e profundas sobre a linguagem, o comportamento e as convenções sociais.

O título vem do trecho inicial em que Marcelo tenta entender por que as palavras “Marcelo”, “marmelo” e “martelo” são parecidas, mas significam coisas tão diferentes. Isso dá o tom da história, que mistura humor, poesia e filosofia de forma acessível às crianças.

Dicas de Livros infantis mais bem avaliados.