O Escorpião e o Sapo

O escorpião e o sapo
O Escorpião e o Sapo

O Escorpião e o Sapo

Era fim de tarde na beira de um rio largo e sereno. O sol se punha devagar, tingindo o céu de tons alaranjados e refletindo na superfície tranquila da água. Um sapo estava sentado sobre uma pedra, coaxando alegremente, quando ouviu passos apressados atrás de si.

Era um escorpião, que vinha correndo aflito.

“Boa tarde, senhor sapo! Preciso muito da sua ajuda!” — disse o escorpião, ofegante.

O sapo, desconfiado, estufou o peito e respondeu:

“Ajuda? E o que eu poderia fazer por você, escorpião? Todos sabemos que você tem um ferrão perigoso!”

O escorpião respirou fundo e explicou:

“Preciso atravessar este rio, mas não sei nadar. Se eu tentar sozinho, vou me afogar. Você poderia me levar nas suas costas? É minha única chance.”

O sapo arregalou os olhos e deu uma risada curta:

“Você deve estar brincando! Se eu deixar você subir em mim, vai me picar! Eu morreria… e você sabe muito bem disso.”

O escorpião, com ar sério e voz calma, respondeu:

“Pense, sapo. Se eu te picar, você afunda, e eu também afundo junto. Seria um desastre para nós dois. Não faz sentido que eu faça isso.”

O sapo ficou em silêncio por alguns instantes. Ele era esperto e cuidadoso, mas também não queria parecer covarde. Além disso, as palavras do escorpião faziam algum sentido. Finalmente, respondeu:

“Está bem. Eu vou confiar em você. Suba nas minhas costas, mas não se atreva a me trair.”

O escorpião sorriu aliviado e subiu cuidadosamente sobre o sapo. E assim, o sapo começou a nadar pelo rio, com braçadas firmes e coordenadas.

No início, a travessia foi tranquila. O sapo avançava, e o escorpião se mantinha quieto. Mas, no meio do caminho, algo mudou. O escorpião começou a se agitar. Seus instintos, sua natureza, eram mais fortes do que a razão. Em um impulso, ele ergueu o ferrão e picou o sapo.

O sapo gritou de dor e, já sentindo o corpo enfraquecer, perguntou com voz embargada:

“Escorpião! Por quê? Por que fez isso? Agora vamos morrer os dois!”

O escorpião, resignado, respondeu enquanto a correnteza os levava:

“Eu não pude evitar… é da minha natureza.”

E os dois desapareceram nas águas profundas do rio.

Moral da história

 “A fábula nos convidam a refletir sobre como equilibramos confiança e cautela. Eles nos alertam para não ignorarmos sinais de perigo, mesmo quando apresentados com argumentos convincentes, e nos encorajam a buscar soluções que preservem nossa segurança. Além disso, reforçam que a sabedoria vem de aprender com os erros — sejam os nossos ou os dos outros.

Se quiser, posso sugerir exemplos práticos de como aplicar essa lição no dia a dia ou explorar algum aspecto específico, como a psicologia por trás da “natureza imutável” ou estratégias para tomar decisões mais prudentes! “